sábado, 26 de janeiro de 2013

No vazio das minhas mãos...


Quando a noite se cobre de estrelas, 
e a luz da lua me ilumina o olhar, 
sobram pedaços de nuvens nas constelações da memória 
onde bailo contigo de mão dada. 
Onde o espaço dos teus dedos se entrelaça entre os meus 
numa dança sensual e dourada pela estrada solitária do coração, 
residente da alma, que flutua nos raios dum sol nascente nas profundezas do ser. 
E nos movimentos leves dum som não proclamado, 
prendo-me nas salgadas saudades de te tocar, 
do perfume que perdura colado na minha pele alva, 
do desejo deixado na minha boca. 
E num suspiro lançado ao vento, revivo nas asas do sonho, 
duma história inventada por viver, onde o tempo já não tem presa de chegar, 
onde pára para me acolher, onde me abraça e me envolve num doce desejo, 
onde as sombras se escondem, as palavras fazem sempre sentido, 
onde danço com as mãos vazias e plenas de mim, 
onde as emoções mais fortes são senhoras da vida, 
rainhas do universo e a nefasta melancolia dos dias, 
a paranóia de ser e ir mais além não têm mais razão de ser nesta existência, 
onde tudo é perfeito, e nada mais há a acrescentar…
(Desconheço a autoria)

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