
Ancorado à beira mar, amanheceu frio,
este coração saudoso de ti!
Pedi ao deus Oceano que me devolvesse
a tua presença, as tuas palavras
a tua força, o teu calor...
que enchem e preenchem os espaços vazios
que me habitam, sem que possa resistir!
E na alvorada da manhã, embrenhada na areia
senti os teus passos em mim
que avassaladoramente se apoderaram da alma
que se encontrava só…
e assim me perdi no aconchego do teu regaço
que me envolveu num abraço sem pressa!
E no assobio do vento
ouvi a tua voz murmurar segredos,
palavras de encantar,
suspiros em forma de melodia,
cheias de sonhos, delírios insanos…
e todo o meu corpo foi invadido
por uma onda gigante de carícias e ternuras infinitas
como um embalo suave e doce,
de um pássaro esquecido que voa lá no alto
lutando entre as correntes de ar!
E sem direcção certa, as palavras fugiam
os silêncios falaram mais alto,
e lá estavas tu, naquele lugar escondido,
onde passeio nua de mim,
onde apenas as sombras me fazem companhia,
e lentamente…
o vento se acalmou
e em mim apenas existias tu!
(Desconhecido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário